O universo cinematográfico de John Wick, conhecido por suas cenas de ação intensas e narrativa envolvente, enfrentou um novo desafio em 2025 com o lançamento de “Bailarina”. O filme, estrelado por Ana de Armas e dirigido por Len Wiseman, chegou aos cinemas com grandes expectativas, mas apresentou um desempenho abaixo do esperado em sua estreia. A produção, que faz parte do ambicioso projeto de expansão da franquia, levantou questionamentos sobre a viabilidade de novos spin-offs sem a presença constante de Keanu Reeves.
Com um orçamento de aproximadamente 90 milhões de dólares, “Bailarina” abriu com uma bilheteria global de pouco mais de 50 milhões, resultado considerado modesto para uma saga que já ultraou a marca de 1 bilhão em arrecadação mundial. Mesmo com a participação especial de Reeves e uma forte campanha de marketing, o longa não conseguiu repetir o sucesso dos capítulos anteriores da série principal.
Por que “Bailarina” não atingiu as expectativas de bilheteria?
O desempenho de “Bailarina” nas bilheteiras pode ser atribuído a diversos fatores. Entre eles, destaca-se a forte concorrência de outros lançamentos do verão de 2025, como “Lilo & Stitch” e “Missão: Impossível — O Acerto Final”, que atraíram grande parte do público para as salas de cinema. Além disso, a ausência de John Wick como protagonista pode ter impactado o interesse dos fãs mais fiéis da franquia.
Outro ponto relevante é o desafio de expandir um universo cinematográfico centrado em um personagem tão marcante. Embora a trama de “Bailarina” explore novos caminhos, focando na busca de vingança de Eve Macarro, parte da audiência demonstrou preferência por histórias diretamente ligadas a John Wick. A expectativa de arrecadação inicial, que girava entre 30 e 40 milhões apenas nos Estados Unidos, acabou não se concretizando, evidenciando as limitações do modelo de spin-off. Novos relatórios da indústria também apontam que fatores como a recepção mista da crítica e o engajamento limitado nas redes sociais podem ter contribuído para o desempenho modesto do filme.
O que o desempenho de “Bailarina” revela sobre o futuro do universo John Wick?
A recepção de “Bailarina” sugere que a expansão do universo John Wick pode enfrentar obstáculos significativos. O filme registrou uma abertura semelhante à de “John Wick: Um Novo Dia Para Matar”, mas distante dos números alcançados por “John Wick 3: Parabellum” e “John Wick 4: Baba Yaga”. Para que produções derivadas sejam sustentáveis, é necessário que elas atinjam bilheteiras superiores a 200 milhões globalmente, algo que parece improvável diante do cenário atual.
Apesar disso, a franquia ainda conta com projetos em desenvolvimento, incluindo um spin-off centrado no personagem Caine, interpretado por Donnie Yen, e uma animação sobre a famosa “tarefa impossível” de John Wick. A presença de Keanu Reeves continua sendo um diferencial, mas a longevidade do universo depende da capacidade de criar narrativas envolventes mesmo sem o protagonista original. Analistas também ressaltam que a diversificação de mídias, incluindo possíveis séries para streaming, pode abrir novos caminhos para manter o interesse nesse universo.
Quais são os próximos os para a franquia John Wick?
Com o resultado de “Bailarina”, a Lionsgate deve adotar uma postura mais cautelosa em relação aos futuros projetos do universo John Wick. O estúdio já planeja novas produções, como “John Wick 5” e outros derivados, mas o desempenho recente indica a necessidade de reavaliar estratégias, especialmente no que diz respeito ao orçamento e à escolha dos personagens centrais.
- Investimento em roteiros originais: a criação de histórias que mantenham o interesse do público é fundamental para o sucesso dos próximos filmes.
- Participação de personagens consagrados: a presença de figuras conhecidas pode ajudar a atrair fãs e garantir bilheteiras mais robustas.
- Adaptação ao mercado: considerar o calendário de lançamentos e a concorrência pode ser decisivo para o desempenho dos filmes.
O lançamento de “Bailarina” representa um ponto de reflexão para a Lionsgate e para os fãs da franquia. O futuro do universo John Wick dependerá da capacidade do estúdio de inovar e de compreender as preferências do público, mantendo o equilíbrio entre tradição e novidade. Especialistas do setor também sugerem que parcerias criativas e experimentações em novos gêneros podem ser vitais para a renovação da franquia nos próximos anos.